quinta-feira, 7 de abril de 2011

(Cinza)


Eu aqui, sentado

Observando a chuva que cai
Mesclando pálida luz dos postes com o verde - tão vivo - das árvores, que parecem chorar
Algumas estrelas travessas espiam o mundo cá embaixo, por entre as núvens cinzentas
O som da água a se chocar contra o solo deixa-me absorto
O cheiro de terra,
O vento frio,
Os respingos d'água...
Tudo aquilo me fazia sentir tão vivo...
Transportava-me para um outro mundo
As árvores tomando lugar dos postes
O verde brotando por entre os paralelepípedos
Até as núvens pareciam vivas, reluzentes,
Encharcadas de luz!
Mas então o celular toca, uma chamada do mundo alienígena
- o mundo dos homens!
Como quem caísse da cama, fui desperto
E tudo voltou a ser como era antes
O horizonte de concreto, as núvens de fumaça,
O solo cinza manchado de óleo
- tudo tão sem graça.
Impregnado de concreto e cinza

Cinza... por toda parte!

5 comentários:

  1. putz...
    que viagem,mas que sacada.
    Muito bom,companheiro.kk
    parabéns pela escrita
    conto com sua visita la no meu
    www.nos4.wordpress.com

    ResponderExcluir
  2. O horizonte de concreto, as núvens de fumaça...

    profundo cara, gostei, parabéns!!!

    ResponderExcluir
  3. Vi teu blog pelo orkut. Achei muito interessante; Estou te seguinto, e certamente vou sizitar com frequencia. Gostei mesmo.

    Depois dá uma força no meu.

    http://garotacorrompida.blogspot.com/

    ResponderExcluir
  4. é a merda do nosso mundo, mas nosso... né cara? Dele fazemos o que bem entendemos... gostei

    ResponderExcluir

Faça parte também deste sonho...